sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Quando a igreja não é "igreja" (por Caio Fábio)

QUANDO A IGREJA NÃO É “IGREJA”...

Igreja tem que ser coisa de gente de Deus, de gente livre, de gente sem medo, de gente que anda e vive, que deixa viver..., que crê sempre no amor de Deus...; e, sobretudo, é algo para gente que confia..., que entrega..., que não deseja controlar nada...; e que sabe que não sabe, mas que sabe que Deus sabe...

Somente gente com esse espírito pode ser parte sadia de uma igreja local, por exemplo...

Entretanto, para que as pessoas sejam assim seus pastores precisam ser assim...

Se o pastor é assim..., tudo ficará assim...

Ou, então, o tal pastor não emprestará a sua vida para o que não seja vida, e, assim, bem-aventuradamente deixará tal lugar de prisão disfarçada de amor fraterno...

Em igreja há problemas... É claro... Afinal, tem gente...

Mas nenhum problema humano tem que ser um escândalo para a verdadeira igreja de gente boa de Deus.

Numa igreja de Deus ninguém tem que ser humilhado..., adúlteros não tem que ser “apresentados” ao público..., ladrões são ajudados a não mais roubarem..., corruptos são tratados como Jesus tratou a Zaqueu..., e hipócritas são igualmente tratados como Jesus tratou aos hipócritas...; ou seja: com silencio que passa..., mas, ao mesmo tempo, não abre espaço...

Na igreja de gente boa de Deus fica quem quer e até quando deseje... E quem não estiver contente não precisa ser taxado de rebelde e nem de insubordinado... Ele é livre para discordar e sair... Sair em paz. Sem maldições e sem ameaças; aliás, pode sair sem assunto mesmo...

Na verdadeira igreja não há auditores, há amigos.

Nela também toda angustia humana é tratada em sigilo e paz.

Igreja é um problema?...

Sinceramente não acho...

Pelo menos quando a igreja é assim, de gente, para gente, liderada por gente, com o propósito de fazer de toda gente um humano maduro — então, creia: não há problemas nunca, pois, os problemas em tal caso nada mais são do que situações normais da vida, como gripe, febre ou qualquer outra coisa, que só não dá em poste de ferro...

Tudo o que aqui digo decorre de minha experiência...

Não é teoria...

Pode ser assim em todo lugar...

Mas depende de quem seja o pastor...

E mais: se o povo já estiver viciado demais nem sempre tem jeito...

Entretanto, se alguém decide começar algo do zero, então, saiba: caso você seja gente boa de Deus, e que trate todos como gostaria de ser tratado..., não haverá nada que não seja normal, pois, até as maiores anormalidades são normais quando a mente do Evangelho em nós descomplicou a vida.

Pense nisso!...

Nele,


Caio
11 de setembro de 2009
Lago Norte
Brasília - DF

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Texto extraído na íntregra da página de Cáio Fábio, sem retirar os créditos. Achei interessante postar no meu Blog, não significa que é minha opinião.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

A fórmula da Saudade

Bastos Tigre, poeta notável, inventou uma fórmula algébrica bastante curiosa denominada "Fórmula da saudade" ou "Fórmula Bastos Tigre". São interessantíssimas as conclusões matemáticas e sentimentais que tiramos da "Fórmula Bastos Tigre". Entra no cálculo o fator "querer bem" que é a variável e aparece como função da saudade e da distância.


A FÓRMULA DA SAUDADE


O saudoso poeta Bastos Tigre (falecido em 1957), na poesia intitulada "Saudade", inclui a seguinte e notável quadra:
A saudade é calculada
Por algarismo, também:
Distância multiplicada
Pelo fator querer bem.

Esses versos permitem ao matemático deduzir facilmente a "fórmula" da saudade.

Com efeito, afirma o poeta (e deve ter motivos para isso) que a saudade é igual ao produto de uma certa "distância" pelo fator "querer bem".

Ora, sendo D a distância que nos separa da pessoa amada e Q a quantidade de "querer bem" (medidas em unidades de simpatia e afeição) a saudade S será o produto de D x Q.
E escrevemos: S = D x Q, fórmula que nos permite calcular a saudade quando conhecemos a distância D e o "querer bem" Q.

Podemos, com os recursos da Álgebra, discutir a fórmula da Saudade.

Tirando da fórmula (1) o valor da variável Q, resulta:


Q = S / D


Com efeito. S é o produto; Q é um dos fatores desse produto. Logo Q é igual ao produto S dividido pelo outro fator D. Vamos admitir que S (a saudade) é uma constante, e que o elemento distância D é variável.
Ora, quando D (distância) aumenta, a fração S / D diminui e pode até tornar-se nula e isso ocorre quando D for infinitamente grande.

Conclusão: Quando a distância D aumenta o querer bem Q diminui. E isso é verdade, pois há um provérbio popular que diz: "Longe dos olhos, longe do coração".
Se a saudade S aumentar duas, três, quatro vezes (o D sendo constante) o querer bem Q aumentará, também, duas, três quatro vezes. O querer bem (conclui o matemático) é proporcional à saudade. Quando o namorado é cauteloso, procura (de acordo com a fórmula) reavivar a saudade a fim de assegurar-se do querer bem de sua amada.
Tudo isso, como acabamos de mostrar, deduzimos matematicamente da fórmula poética e tão expressiva de Bastos Tigre.
Vejam o extraordinário poder da Matemática: consegue exprimir, por meio de fórmulas, os mais delicados anseios da alma humana.


Bibliografia:
TAHAN, Malba. Maravilhas da Matemática: Matemática Divertida e Delirante. 3 ed. p. 45-6.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

O mundo sob o olhar daltônico

As cores não são as mesmas para o daltônico, mas isto não limita sua capacidade produtiva.

Imagine o mundo em que as rosas vermelhas são meio cinza e as folhas na cor bege. Não, isso não é nenhum recurso de computador ou de imagem. Trata-se do mundo sob os olhos de um daltônico, que por uma alteração genética não identifica o verde e o vermelho como as demais pessoas. A diferença para enxergar as cores pode parecer estranha. No entanto, está longe de significar incapacidade. Pelo contrário, os daltônicos têm uma qualidade visual superior às pessoas normais.

A sensibilidade para ver o contraste e o brilho é muito maior. "Precisamos desmistificar o daltônico. Ele não é um deficiente. Se a natureza o priva da cor, o recompensa com outras possibilidades", explica a oftalmologista e diretora da Clínica Dr. Ricardo Guimarães, Márcia Reis Guimarães, que concluiu uma tese de doutorado sobre o assunto. A dificuldade do daltônico estende-se à identificação de cores formadas a partir do verde e do vermelho.

Estima-se que a alteração genética atinja entre 5 e 8%da população mundial. Na Região Metropolitana, o número calculado é de 200 mil pessoas. A oftalmologista explica que a visão não deve ser medida apenas pela acuidade, exame de identificação das letras e números, mas também pela qualidade. Segundo as pesquisas da médica, o exame da acuidade tem resultados iguais para os daltônicos e as pessoas sem a alteração genética.

Entretanto, as respostas de quem não identifica o verde e o vermelho são diferentes nos testes psicofísicos, que avaliam brilho e contraste. A habilidade visual superior é responsável, por exemplo, pela possibilidade de enxergar bem no escuro ou visualizar uma imagem em 3D imediatamente. Para "ler" as cores o daltônico acaba criando uma linguagem paralela, adaptando-se e aprendendo a superar as dificuldades.



O daltonismo pode representar uma vantagem evolutiva sobre as pessoas portadoras de visão normal, tal como foi descrito num artigo publicado pela BBC Online.
Uma pesquisa feita por cientistas da Universidade de Cambridge demonstrou que algumas formas de daltonismo podem, na verdade, proporcionar uma visão mais aprimorada de algumas cores.


Durante a 2ª Guerra Mundial descobriu-se que os soldados daltônicos tinham mais facilidade em detectar camuflagens ocultas na mata.
Os daltônicos possuem uma visão noturna superior à de uma pessoa com visão normal.
Eles também são capazes de identificar mais matizes de violeta do que as pessoas com visão normal.


Para os daltónicos o arco-íris não possui 7 cores.
O pintor Vincent van Gogh sofria de daltonismo.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

5 S = Qualidade Total

O primeiro curso de Qualidade Total que fiz foi o 5S. Muito utilizado nas empresas para conseguirem a certificação ISO, mas totalmente aplicável em nosso cotidiano, na nossa casa, trabalho e para o aperfeiçoamento pessoal.

O 5S é indicado para qualquer ambiente. Principalmente na nossa mente e no nosso coração. Ele é o próprio bom-senso, mas de modo que pode ser ensinado, aperfeiçoado, praticado para o crescimento humano e profissional. Convém se tornar hábito, costume, cultura.

A sigla 5S saiu de cinco palavras japonesas que começam com a letra S.
Seiri = Senso organização, utilização, liberação da área.
Seiton = Senso de ordem, arrumação.
Seisou = Senso de Limpeza
Seiketsu = Senso de padronização, asseio, saúde.
Shitsuke = Senso de disciplina e autodisciplina.

O 5S surgiu no Japão. Na indústria, seus principais papéis são: liberar áreas, evitar desperdícios, melhorar relacionamentos, facilitar as atividades e localização de recursos disponíveis. Trata de uma sigla formada pelas iniciais de cinco palavras japonesas. No Brasil, a tradução adotada e uma das mais praticadas, é feita pela Fundação Christiano Ottoni (FCO) do curso que participei. É tradução adequada a qualquer lugar onde se vive, por não usar expressões exclusivas do meio empresarial.

Observando os métodos de gestão e o potencial das pessoas em variados ambientes, sentimos que, devidamente entendido e apresentado, o 5S pode ser praticado por qualquer pessoa, em qualquer circunstância. Seus princípios são semelhantes aos princípios da vida.

Senso de Utilização:
Desenvolver a noção da utilidade dos recursos disponíveis e separar o que é útil de o que não é.
Destinar cada coisa para onde possa ser útil. O organismo de qualquer ser vivo faz isso. É a planta sugando do solo os nutrientes de que precisa, é o sistema digestivo dos animais absorvendo o que o organismo precisa, separando do que não precisa.

Senso de Ordenação
Colocar as coisas no lugar certo; realizar as atividades na ordem certa. As plantas mandam os nutrientes para os galhos, as folhas, flores, frutos, do mesmo modo que nosso sistema vascular alimenta todo nosso corpo.

Senso de Limpeza
É tirar o lixo, a poluição; evitar sujar, evitar poluir. Cascas e folhas são eliminadas pela planta quando já cumpriram sua função. Nosso organismo se limpa no suor, na respiração, nas fezes e na urina e em muitas outras formas de se manter, de se livrar das toxinas e excessos.

Senso de Saúde
Padronizar comportamento, valores e práticas favoráveis à saúde física, mental e ambiental. A cada segundo, todo os organismos das plantas e dos animais se dedicam para manter sua integridade, sua saúde.

Senso de Autodisciplina
Autogestão, cada um se cuidando, adaptando-se às novas realidades de modo que as relações com o ambiente e pessoais sejam recicláveis e sustentáveis de forma saudável. Plantas e animais se cuidam de forma natural. Nascem, crescem, se reproduzem, morrem. Não precisamos mandar uma planta praticar sua fotossíntese e nem a um gato que cuide de seu pêlo.

O 5S ou House keeping é um conjunto de técnicas desenvolvidas no Japão e utilizadas inicialmente pelas donas-de-casa japonesas para envolver todos os membros da família na administração e organização do lar .

O 5S pode ser implantado como um plano estratégico que, ao longo do tempo, passa a ser incorporado na rotina, contribuindo para a conquista da qualidade total e tendo como vantagem o fato de provocar mudanças comportamentais em todos os níveis.

SXS

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Pacto de Lausanne

Pacto de Lausanne, como é conhecido, é o nome dado ao documento elaborado durante o Congresso Internacional de Evangelização, em 1974, na cidade de Lausanne, na Suíça. No encontro, reuniram-se líderes evangélicos de 150 países, que formaram o Comitê de Lausanne para a Evangelização Mundial (Lausanne Committee for World Evangelization).

Confira o pacto:

Introdução
Nós, membros da Igreja de Jesus Cristo, procedentes de mais de 150 nações, participantes do Congresso Internacional de Evangelização Mundial, em Lausanne, louvamos a Deus por sua grande salvação, e regozijamo-nos com a comunhão que, por graça dele mesmo, podemos ter com ele e uns com os outros. Estamos profundamente tocados pelo que Deus vem fazendo em nossos dias, movidos ao arrependimento por nossos fracassos e dasafiados pela tarefa inacabada da evangelização. Acreditamos que o evangelho são as boas novas de Deus para todo o mundo, e por sua graça, decidimo-nos a obedecer ao mandamento de Cristo de proclamá-lo a toda a humanidade e fazer discípulos de todas as nações. Desejamos, portanto, reafirmar a nossa fé e a nossa resolução, e tornar público o nosso pacto.

O propósito de Deus
Afirmamos a nossa crença no único Deus eterno, Criador e Senhor do Mundo, Pai, Filho e Espírito Santo, que governa todas as coisas segundo o propósito da sua vontade. Ele tem chamado do mundo um povo para si, enviando-o novamente ao mundo como seus servos e testemunhas, para estender o seu reino, edificar o corpo de Cristo, e também para a glória do seu nome. Confessamos, envergonhados, que muitas vezes negamos o nosso chamado e falhamos em nossa missão, em razão de nos termos conformado ao mundo ou nos termos isolado demasiadamente. Contudo, regozijamo-nos com o fato de que, mesmo transportado em vasos de barro, o evangelho continua sendo um tesouro precioso. À tarefa de tornar esse tesouro conhecido, no poder do Espírito Santo, desejamos dedicar-nos novamente.

A unicidade e a universalidade de Cristo
Afirmamos que há um só Salvador e um só evangelho, embora exista uma ampla variedade de maneiras de se realizar a obra de evangelização. Reconhecemos que todos os homens têm algum conhecimento de Deus através da revelação geral de Deus na natureza. Mas negamos que tal conhecimento possa salvar, pois os homens, por sua injustiça, suprimem a verdade. Também rejeitamos, como depreciativo de Cristo e do evangelho, todo e qualquer tipo de sincretismo ou de diálogo cujo pressuposto seja o de que Cristo fala igualmente através de todas as religiões e ideologias. Jesus Cristo, sendo ele próprio o único Deus-homem, que se deu uma só vez em resgate pelos pecadores, é o único mediador entre Deus e o homem. Não existe nenhum outro nome pelo qual importa que sejamos salvos. Todos os homens estão perecendo por causa do pecado, mas Deus ama todos os homens, desejando que nenhum pereça, mas que todos se arrependam. Entretanto, os que rejeitam Cristo repudiam o gozo da salvação e condenam-se à separação eterna de Deus. Proclamar Jesus como "o Salvador do mundo" não é afirmar que todos os homens, automaticamente, ou ao final de tudo, serão salvos; e muito menos que todas as religiões ofereçam salvação em Cristo. Trata-se antes de proclamar o amor de Deus por um mundo de pecadores e convidar todos os homens a se entregarem a ele como Salvador e Senhor no sincero compromisso pessoal de arrependimento e fé. Jesus Cristo foi exaltado sobre todo e qualquer nome. Anelamos pelo dia em que todo joelho se dobrará diante dele e toda língua o confessará como Senhor.

A natureza da evangelização
Evangelizar é difundir as boas novas de que Jesus Cristo morreu por nossos pecados e ressuscitou segundo as Escrituras, e de que, como Senhor e Rei, ele agora oferece o perdão dos pecados e o dom libertador do Espírito a todos os que se arrependem e crêem. A nossa presença cristã no mundo é indispensável à evangelização, e o mesmo se dá com aquele tipo de diálogo cujo propósito é ouvir com sensibilidade, a fim de compreender. Mas a evangelização propriamente dita é a proclamação do Cristo bíblico e histórico como Salvador e Senhor, com o intuito de persuadir as pessoas a vir a ele pessoalmente e, assim, se reconciliarem com Deus. Ao fazermos o convite do evangelho, não temos o direito de esconder o custo do discipulado. Jesus ainda convida todos os que queiram segui-lo e negarem-se a si mesmos, tomarem a cruz e identificarem-se com a sua nova comunidade. Os resultados da evangelização incluem a obediência a Cristo, o ingresso em sua igreja e um serviço responsável no mundo.

A responsabilidade social cristã
Afirmamos que Deus é o Criador e o Juiz de todos os homens. Portanto, devemos partilhar o seu interesse pela justiça e pela conciliação em toda a sociedade humana, e pela libertação dos homens de todo tipo de opressão. Porque a humanidade foi feita à imagem de Deus, toda pessoa, sem distinção de raça, religião, cor, cultura, classe social, sexo ou idade possui uma dignidade intrínseca em razão da qual deve ser respeitada e servida, e não explorada. Aqui também nos arrependemos de nossa negligência e de termos algumas vezes considerado a evangelização e a atividade social mutuamente exclusivas. Embora a reconciliação com o homem não seja reconciliação com Deus, nem a ação social evangelização, nem a libertação política salvação, afirmamos que a evangelização e o envolvimento sócio-político são ambos parte do nosso dever cristão. Pois ambos são necessárias expressões de nossas doutrinas acerca de Deus e do homem, de nosso amor por nosso próximo e de nossa obediência a Jesus Cristo. A mensagem da salvação implica também uma mensagem de juízo sobre toda forma de alienação, de opressão e de discriminação, e não devemos ter medo de denunciar o mal e a injustiça onde quer que existam. Quando as pessoas recebem Cristo, nascem de novo em seu reino e devem procurar não só evidenciar mas também divulgar a retidão do reino em meio a um mundo injusto. A salvação que alegamos possuir deve estar nos transformando na totalidade de nossas responsabilidades pessoais e sociais. A fé sem obras é morta.

A Igreja e a evangelização
Afirmamos que Cristo envia o seu povo redimido ao mundo assim como o Pai o enviou, e que isso requer uma penetração de igual modo profunda e sacrificial. Precisamos deixar os nossos guetos eclesiásticos e penetrar na sociedade não-cristã. Na missão de serviço sacrificial da igreja a evangelização é primordial. A evangelização mundial requer que a igreja inteira leve o evangelho integral ao mundo todo. A igreja ocupa o ponto central do propósito divino para com o mundo, e é o agente que ele promoveu para difundir o evangelho. Mas uma igreja que pregue a Cruz deve, ela própria, ser marcada pela Cruz. Ela torna-se uma pedra de tropeço para a evangelização quando trai o evangelho ou quando lhe falta uma fé viva em Deus, um amor genuíno pelas pessoas, ou uma honestidade escrupulosa em todas as coisas, inclusive em promoção e finanças. A igreja é antes a comunidade do povo de Deus do que uma instituição, e não pode ser identificada com qualquer cultura em particular, nem com qualquer sistema social ou político, nem com ideologias humanas.

Cooperação na evangelização
Afirmamos que é propósito de Deus haver na igreja uma unidade visível de pensamento quanto à verdade. A evangelização também nos convoca à unidade, porque o ser um só corpo reforça o nosso testemunho, assim como a nossa desunião enfraquece o nosso evangelho de reconciliação. Reconhecemos, entretanto, que a unidade organizacional pode tomar muitas formas e não ativa necessariamente a evangelização. Contudo, nós, que partilhamos a mesma fé bíblica, devemos estar intimamente unidos na comunhão uns com os outros, nas obras e no testemunho. Confessamos que o nosso testemunho, algumas vezes, tem sido manchado por pecaminoso individualismo e desnecessária duplicação de esforço. Empenhamo-nos por encontrar uma unidade mais profunda na verdade, na adoração, na santidade e na missão. Instamos para que se apresse o desenvolvimento de uma cooperação regional e funcional para maior amplitude da missão da igreja, para o planejamento estratégico, para o encorajamento mútuo, e para o compartilhamento de recursos e de experiências.

Esforço conjugado de Igrejas na evangelização
Regozijamo-nos com o alvorecer de uma nova era missionária. O papel dominante das missões ocidentais está desaparecendo rapidamente. Deus está levantando das igrejas mais jovens um grande e novo recurso para a evangelização mundial, demonstrando assim que a responsabilidade de evangelizar pertence a todo o corpo de Cristo. Todas as igrejas, portando, devem perguntar a Deus, e a si próprias, o que deveriam estar fazendo tanto para alcançar suas próprias áreas como para enviar missionários a outras partes do mundo. Deve ser permanente o processo de reavaliação da nossa responsabilidade e atuação missionária. Assim, haverá um crescente esforço conjugado pelas igrejas, o que revelará com maior clareza o caráter universal da igreja de Cristo. Também agradecemos a Deus pela existência de instituições que laboram na tradução da Bíblia, na educação teológica, no uso dos meios de comunicação de massa, na literatura cristã, na evangelização, em missões, no avivamento de igrejas e em outros campos especializados. Elas também devem empenhar-se em constante auto-exame que as levem a uma avaliação correta de sua eficácia como parte da missão da igreja.

Urgência da tarefa evangelística
Mais de dois bilhões e setecentos milhões de pessoas, ou seja, mais de dois terços da humanidade, ainda estão por serem evangelizadas. Causa-nos vergonha ver tanta gente esquecida; continua sendo uma reprimenda para nós e para toda a igreja. Existe agora, entretanto, em muitas partes do mundo, uma receptividade sem precedentes ao Senhor Jesus Cristo. Estamos convencidos de que esta é a ocasião para que as igrejas e as instituições para-eclesiásticas orem com seriedade pela salvação dos não-alcançados e se lancem em novos esforços para realizarem a evangelização mundial. A redução de missionários estrangeiros e de dinheiro num país evangelizado algumas vezes talvez seja necessária para facilitar o crescimento da igreja nacional em autonomia, e para liberar recursos para áreas ainda não evangelizadas. Deve haver um fluxo cada vez mais livre de missionários entre os seis continentes num espírito de abnegação e prontidão em servir. O alvo deve ser o de conseguir por todos os meios possíveis e no menor espaço de tempo, que toda pessoa tenha a oportunidade de ouvir, de compreender e de receber as boas novas. Não podemos esperar atingir esse alvo sem sacrifício. Todos nós estamos chocados com a pobreza de milhões de pessoas, e conturbados pelas injustiças que a provocam. Aqueles dentre nós que vivem em meio à opulência aceitam como obrigação sua desenvolver um estilo de vida simples a fim de contribuir mais generosamente tanto para aliviar os necessitados como para a evangelização deles.

Evangelização e cultura
O desenvolvimento de estratégias para a evangelização mundial requer metodologia nova e criativa. Com a bênção de Deus, o resultado será o surgimento de igrejas profundamente enraizadas em Cristo e estreitamente relacionadas com a cultura local. A cultura deve sempre ser julgada e provada pelas Escrituras. Porque o homem é criatura de Deus, parte de sua cultura é rica em beleza e em bondade; porque ele experimentou a queda, toda a sua cultura está manchada pelo pecado, e parte dela é demoníaca. O evangelho não pressupõe a superioridade de uma cultura sobre a outra, mas avalia todas elas segundo o seu próprio critério de verdade e justiça, e insiste na aceitação de valores morais absolutos, em todas as culturas. As missões, muitas vezes têm exportado, juntamente com o evangelho, uma cultura estranha, e as igrejas, por vezes, têm ficado submissas aos ditames de uma determinada cultura, em vez de às Escrituras. Os evangelistas de Cristo têm de, humildemente, procurar esvaziar-se de tudo, exceto de sua autenticidade pessoal, a fim de se tornarem servos dos outros, e as igrejas têm de procurar transformar e enriquecer a cultura; tudo para a glória de Deus.

Educação e liderança
Confessamos que às vezes temos nos empenhado em conseguir o crescimento numérico da igreja em detrimento do espiritual, divorciando a evangelização da edificação dos crentes. Também reconhecemos que algumas de nossas missões têm sido muito remissas em treinar e incentivar líderes nacionais a assumirem suas justas responsabilidades. Contudo, apoiamos integralmente os princípios que regem a formação de uma igreja de fato nacional, e ardentemente desejamos que toda a igreja tenha líderes nacionais que manifestem um estilo cristão de liderança não em termos de domínio, mas de serviço. Reconhecemos que há uma grande necessidade de desenvolver a educação teológica, especialmente para líderes eclesiáticos. Em toda nação e em toda cultura deve haver um eficiente programa de treinamento para pastores e leigos em doutrina, em discipulado, em evangelização, em edificação e em serviço. Este treinamento não deve depender de uma metodologia estereotipada, mas deve se desenvolver a partir de iniciativas locais criativas, de acordo com os padrões bíblicos.

Conflito espiritual
Cremos que estamos empenhados num permanente conflito espiritual com os principados e postestades do mal, que querem destruir a igreja e frustrar sua tarefa de evangelização mundial. Sabemos da necessidade de nos revestirmos da armadura de Deus e combater esta batalha com as armas espirituais da verdade e da oração. Pois percebemos a atividade no nosso inimigo, não somente nas falsas ideologias fora da igreja, mas também dentro dela em falsos evangelhos que torcem as Escrituras e colocam o homem no lugar de Deus. Precisamos tanto de vigilância como de discernimento para salvaguardar o evangelho bíblico. Reconhecemos que nós mesmos não somos imunes ao perigo de capitularmos ao secularismo. Por exemplo, embora tendo à nossa disposição pesquisas bem preparadas, valiosas, sobre o crescimento da igreja, tanto no sentido numérico como espiritual, às vezes não as temos utilizado. Por outro lado, por vezes tem acontecido que, na ânsia de conseguir resultados para o evangelho, temos comprometido a nossa mensagem, temos manipulado os nossos ouvintes com técnicas de pressão, e temos estado excessivamente preocupados com as estatísticas, e até mesmo utilizando-as de forma desonesta. A igreja tem que estar no mundo; o mundo não tem que estar na igreja.

Liberdade e perseguição
É dever de toda nação, dever que foi estabelecido por Deus, assegurar condições de paz, de justiça e de liberdade em que a igreja possa obedecer a Deus, servir a Cristo Senhor e pregar o evangelho sem impedimentos. Portanto, oramos pelos líderes das nações e com eles instamos para que garantam a liberdade de pensamento e de consciência, e a liberdade de praticar e propagar a religião, de acordo com a vontade de Deus, e com o que vem expresso na Declaração Universal do Direitos Humanos. Também expressamos nossa profunda preocupação com todos os que foram injustamente encarcerados, especialmente com nossos irmãos que estão sofrendo por causa do seu testemunho do Senhor Jesus. Prometemos orar e trabalhar pela libertação deles. Ao mesmo tempo, recusamo-nos a ser intimidados por sua situação. Com a ajuda de Deus, nós também procuraremos nos opor a toda injustiça e permanecer fiéis ao evangelho, seja a que custo for. Não nos esqueçamos de que Jesus nos previniu de que a perseguição é inevitável.

O poder do Espírito Santo
Cremos no poder do Espírito Santo. O pai enviou o seu Espírito para dar testemunho do seu Filho. Sem o testemunho dele o nosso seria em vão. Convicção de pecado, fé em Cristo, novo nascimento cristão, é tudo obra dele. De mais a mais, o Espírito Santo é um Espírito missionário, de maneira que a evangelização deve surgir espontaneamente numa igreja cheia do Espírito. A igreja que não é missionária contradiz a si mesma e debela o Espírito. A evangelização mundial só se tornará realidade quando o Espírito renovar a igreja na verdade, na sabedoria, na fé, na santidade, no amor e no poder. Portanto, instamos com todos os cristãos para que orem pedindo pela visita do soberano Espírito de Deus, a fim de que o seu fruto todo apareça em todo o seu povo, e que todos os seus dons enriqueçam o corpo de Cristo. Só então a igreja inteira se tornará um instrumento adequado em Suas mãos, para que toda a terra ouça a Sua voz.

O retorno de Cristo
Cremos que Jesus Cristo voltará pessoal e visivelmente, em poder e glória, para consumar a salvação e o juízo. Esta promessa de sua vinda é um estímulo ainda maior à evangelização, pois lembramo-nos de que ele disse que o evangelho deve ser primeiramente pregado a todas as nações. Acreditamos que o período que vai desde a ascensão de Cristo até o seu retorno será preenchido com a missão do povo de Deus, que não pode parar esta obra antes do Fim. Também nos lembramos da sua advertência de que falsos cristos e falsos profetas apareceriam como precursores do Anticristo. Portanto, rejeitamos como sendo apenas um sonho da vaidade humana a idéia de que o homem possa algum dia construir uma utopia na terra. A nossa confiança cristã é a de que Deus aperfeiçoará o seu reino, e aguardamos ansiosamente esse dia, e o novo céu e a nova terra em que a justiça habitará e Deus reinará para sempre. Enquanto isso, rededicamo-nos ao serviço de Cristo e dos homens em alegre submissão à sua autoridade sobre a totalidade de nossas vidas.

Conclusão
Portanto, à luz desta nossa fé e resolução, firmamos um pacto solene com Deus, bem como uns com os outros, de orar, planejar e trabalhar juntos pela evangelização de todo o mundo. Instamos com outros para que se juntem a nós. Que Deus nos ajude por sua graça e para a sua glória a sermos fiéis a este Pacto! Amém. Aleluia!

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Seu carro consome mais combustível?

Consumo de gasolina/álcool


Foi realizado um experimento no Centro de Pesquisas da Petrobrás (CENPES), no RJ. Foi um procedimento para levantamento do acréscimo do consumo de gasolina com velas gastas, filtro de ar entupido, pneus murchos, etc.

O carro de testes foi um Uno Fire.

Seguem os resultados:

Velas Gastas - As velas originais foram substituídas por unidades com 20.000 km rodados emoutro motor idêntico, mas que jamais haviam sido limpas nem reguladas. Estavam com abertura menor que a especificada.
Acréscimo de consumo: 7,49%

Filtro de ar obstruído - O filtro de ar original foi trocado por outro que rodara também 20.000 km em outro carro igual, sem jamais ter sido limpo.
Acréscimo de consumo: 6,20%

Rodagem em "banguela" - Todos os testes foram efetuados em dinamômetro. Foi simulada a rodagem em descidas com o carro engrenado e desengrenado. Em carros com injeção eletrônica o consumo em "banguela" é ligeiramente maior que engrenado.
Acréscimo de consumo: 5,19%

Pneus murchos - Essa é para quem tem preguiça de medir a pressão dos pneus uma vez por semana, ou quando o tempo esfria. Foi feita a avaliação com 6 libras a menos em cada pneu (e pensar que tem gente que roda com 10 libras a menos.
Acréscimo de consumo: 17,80%

Janelas abertas - Esse teste não foi em dinamômetro (obviamente), por isso o resultado não pode ser comparado diretamente com os demais, mas serve como referência. O carro rodou em pista plana, em velocidade constante, com as duas janelas totalmente abertas.
Acréscimo de consumo: 9,35%

Carro com 4 passageiros - Simulou-se o peso de mais 3 passageiros (225 kg). Claro que é melhor rodarem 4 pessoas em um Uno do que 4 pessoas em 4 carros separados. Mas isso serve para aqueles que "esquecem" a tralha da pescaria no porta-malas, ou que carregam uma baita caixa de ferramentas no porta-malas.
Acréscimo de consumo: 10,80%

Tudo junto - Esse teste foi feito por curiosidade, não fazia parte do experimento. Primeiro rodei sozinho pelo CENPES, com uma bureta presa na janela do passageiro e ligada diretamente na bomba elétrica. Depois, instalamos as velas gastas, o filtro sujo, esvaziamos os pneus em 6 libras, entramos em 4 no carro e abrimos as 4 janelas. Saímos passeando por dentro do CENPES, mais ou menos pelo mesmo circuito.
Acréscimo de consumo: impressionantes 44,41%

É isso aí! Agora o pessoal que fica na dúvida porque seu carro faz 8 km/l enquanto o do vizinho faz 11 já pode fazer sua avaliação.

Atenciosamente, Ricardo - PETROBRAS - Gás e Energia

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Mulher bonita procura marido rico

SAIU NUMA REVISTA DE FINANÇAS

Uma moça escreveu um email para uma revista financeira pedindo dicas sobre "como arrumar um marido rico".
Contudo, mais inacreditável que o "pedido" da moça, foi a disposição de um rapaz que, muito inspirado, respondeu à mensagem, de forma muito bem fundamentada.

Mensagem/email da MOÇA:

Sou uma garota linda (maravilhosamente linda) de 25 anos. Sou bem articulada e tenho classe.
Estou querendo me casar com alguém que ganhe no mínimo meio milhão de dólares por ano.
Tem algum homem que ganhe 500 mil ou mais neste site?
Ou alguma mulher casada com alguém que ganhe isso e que possa me dar algumas dicas?
Já namorei homens que ganham por volta de 200 a 250 mil, mas não consigo passar disso. E 250 mil por ano não vão me fazer morar em Central Park West.
Conheço uma mulher (da minha aula de ioga) que casou com um banqueiro e vive em Tribeca! E ela não é tão bonita quanto eu, nem é inteligente.
Então, o que ela fez que eu não fiz? Qual a estratégia correta? Como eu chego ao nível dela?" (Rafaela S.)

Mensagem/resposta do RAPAZ:

Li sua consulta com grande interesse, pensei cuidadosamente no seu caso e fiz uma análise da situação.
Primeiramente, eu ganho mais de 500 mil por ano. Portanto, não estou tomando o seu tempo a toa...
Isto posto, considero os fatos da seguinte forma: Visto da perspectiva de um homem como eu (que tenho os requisitos que você procura), o que você oferece é simplesmente um péssimo negócio.
Eis o porquê: deixando as firulas de lado, o que você sugere é uma negociação simples, proposta clara, sem entrelinhas:
Você entra com sua beleza física e eu entro com o dinheiro.
Mas tem um problema.
Com toda certeza, com o tempo a sua beleza vai diminuir e um dia acabar, ao contrário do meu dinheiro que, com o tempo, continuará aumentando.
Assim, em termos econômicos, você é um ativo sofrendo depreciação e eu sou um ativo rendendo dividendos.
E você não somente sofre depreciação, mas sofre uma depreciação progressiva, ou seja, sempre aumenta!
Explicando, você tem 25 anos hoje e deve continuar linda pelos próximos 5 ou 10 anos, mas sempre um pouco menos a cada ano.
E no futuro, quando você se comparar com uma foto de hoje, verá que virou um caco.
Isto é, hoje você está em 'alta', na época ideal de ser vendida, mas não de ser comprada.
Usando o linguajar de Wall Street , quem a tiver hoje deve mantê-la como 'trading position' (posição para comercializar) e não como 'buy and hold' (compre e retenha), que é para o quê você se oferece...
Portanto, ainda em termos comerciais, casar (que é um 'buy and hold') com você não é um bom negócio a médio/longo prazo!
Mas alugá-la, sim!
Assim, em termos sociais, um negócio razoável a se cogitar é namorar.
Cogitar...Mas, já cogitando, e para certificar-me do quão 'articulada, com classe e maravilhosamente linda' seja você, eu, na condição de provável futuro locatário dessa 'máquina', quero tão somente o que é de praxe: fazer um 'test drive' antes de fechar o negócio...podemos marcar?

OBS.: Não é a toa que o cara ganha $500.000 por ano!
enviado por WCX

Como surgiu o Carnaval

A Origem do Carnaval

Todo mundo pensa que o Carnaval é uma festa típica do Brasil. Mas toda essa farra existe desde a Antiguidade e vem de muito longe.

O Carnaval originário tem início nos cultos agrários da Grécia, de 605 a 527 a.C. Com o surgimento da agricultura, os homens passaram a comemorar a fertilidade e produtividade do solo.

O Carnaval Pagão começa quando Pisistráto oficializa o culto a Dioniso na Grécia, no século VII a.C. e, termina, quando a Igreja Católica adota a festa em 590 d.C.
O primeiro foco de concentração carnavalesca se localizava no Egito. A festa era nada mais que dança e cantoria em volta de fogueiras. Os foliões usavam máscaras e disfarces simbolizando a inexistência de classes sociais.

Depois, a tradição se espalhou por Grécia e Roma, entre o século VII a.C. e VI d.C. A separação da sociedade em classes fazia com que houvesse a necessidade de válvulas de escape. É nessa época que sexo e bebidas se fazem presentes na festa.

Em seguida, o Carnaval chega em Veneza para, então, se espalhar pelo mundo. Diz-se que foi lá que a festa tomou as características atuais: máscaras, fantasias, carros alegóricos, desfiles...

O Carnaval Cristão passa a existir quando a Igreja Católica oficializa a festa, em 590 d.C. Antes, a instituição condenava a festa por seu caráter "pecaminoso". No entanto, as autoridades eclesiásticas da época se viram num beco sem saída. Não era mais possível proibir o Carnaval. Foi então que houve a imposição de cerimônias oficiais sérias para conter a libertinagem. Mas esse tipo de festa batia de frente com a principal característica do Carnaval: o riso, a brincadeira...

É só em 1545, no Concílio de Trento, que o Carnaval é reconhecido como uma manifestação popular de rua. Em 1582, o Papa Gregório XIII transforma o Calendário Juliano em Gregoriano e estabelece as datas do Carnaval. O motivo da mobilidade da data é não coincidir com a Páscoa Católica, que não pode ter data fixa para não coincidir com a Páscoa dos judeus.

O cálculo é um pouco complexo. Determina-se o equinócio da primavera, que ocorre entra os dias 21 e 22 de março no hemisfério norte. Observando a lua nova que antecede o equinócio, o primeiro domingo após o 14º dia de lua nova é o domingo de Páscoa. Como o primeiro dia da lua nova, antes de 21 de março, é entre 08 de março e 05 de abril, a Páscoa só pode ser entre 22 de março e 25 de abril. O domingo de carnaval é sempre no 7º domingo que antecede ao domingo de Páscoa.

O Carnaval brasileiro surge em 1723, com a chegada de portugueses das Ilhas da Madeira, Açores e Cabo Verde. A principal diversão dos foliões era jogar água nos outros. O primeiro registro de baile é de 1840.
Em 1855 surgiram os primeiros grandes clubes carnavalescos, precursores das atuais escolas de samba. No início século XX, já havia diversos cordões e blocos, que desfilavam pela cidade durante o Carnaval. A primeira escola de samba foi fundada em 1928 no bairro do Estácio e se chamava Deixa Falar. A partir de então, outras foram surgindo até chegarmos à grande festa que vemos hoje.

Por Tatiana Xerez

Como surgem os relâmpagos

Os raios surgem com o movimento de elétrons.

Um relâmpago é uma corrente elétrica muito intensa que ocorre na atmosfera. Ele é conseqüência do movimento de elétrons de um lugar para outro. Os elétrons se movem tão rapidamente que fazem o ar ao seu redor se iluminar, resultando em um clarão, e se aquecer, provocando o som do trovão.


Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o relâmpago tem normalmente "duração de meio segundo e trajetória com comprimento de 5 km a 10 km." Em termos gerais, existem dois tipos de relâmpagos: relâmpagos na nuvem (cerca de 70% do total) e relâmpagos no solo, que podem ser do tipo nuvem-solo ou solo-nuvem. Mais de 99 % dos relâmpagos no solo são relâmpagos nuvem-solo.

De acordo com o Inpe, a afirmação de que espelhos atraem raios não passa de um mito. O instituto também afirma que um relâmpago pode cair mais de uma vez no mesmo lugar. Outra curiosidade: em média, aviões comerciais são atingidos por relâmpagos uma vez por ano, em geral, durante procedimento de aterrissagem ou decolagem, em alturas inferiores a cerca de 5 km. "Como conseqüência, a fuselagem do avião sofre avarias superficiais", informou o Inpe.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Oração de Francisco de Assis?

Oração de Francisco de Assis


A Oração da Paz, também denominada de Oração de São Francisco, é uma oração de origem anônima que costuma ser atribuída popularmente a Francisco de Assis, santo da Igreja Católica. Foi escrita no início do século XX, tendo aparecido inicialmente em 1912 num boletim espiritual em Paris, França.
Em 1916 foi impressa em Roma numa folha, em que num verso estava a oração e no outro verso da folha foi impressa uma estampa de São Francisco. Por esta associação e pelo fato de que o texto reflete muito bem o franciscanismo, esta oração começou a ser divulgada como se fosse de autoria do próprio santo.

FRANCISCO DE ASSIS NÃO ESCREVEU A FAMOSA “ORAÇÃO PELA PAZ”

O francês Christian Renoux, historiador conhecido pelo seu rigor histórico, acaba de revelar, num estudo intitulado “A oracão pela paz, atribuída a São Francisco”, uma verdadeira surpresa que a famosa Oração simples da paz, rezada por católicos, anglicanos e luteranos, não é, como se julgava universalmente, uma oração de São Francisco de Assis. O seu autor é um sacerdote chamado Esther Auguste Bouquerel, e publicou-a em 1912.

O fato de ter sido atribuída ao “Poverello”[1] deve-se ao fato acidental de, em 1918, ter sido impressa na cidade francesa de Reims por trás de uma estampa do Santo de Assis.
O documento mais antigo em que se encontra impressa a oração é de 1912, na revista francesa "La Clochette" (a campainha). Aparece ali como anônima, ainda que se possa atribuir ao diretor do boletim, o sacerdote e fecundo escritor Esther Auguste Bouquerel.

A estrofe foi copiada por uma outra revista francesa, e, pouco tempo depois, em 1916, apareceu nada menos que na primeira página de "L'Osservatore Romano", que a lançou internacionalmente como invocação pela paz. Foi em 1918, que o padre capuchinho Etienne Benoit imprimiu o texto da oração nas costas de uma estampa com a imagem de São Francisco, dirigida aos membros da Ordem Terceira. Uma atribuição apócrifa[2] não se pode fazer superficialmente sem danificar seriamente o legado franciscano.

Ainda que seja um hino à paz, como assinala o Padre Willibrord Christian van Dijk, que estudou durante quarenta anos a história desta oração, é estranho que um santo, que passa por ser um grande místico cristão, tenha escrito um texto que não se dirige a Jesus Cristo, que nem sequer o nomeia, e em que não há nenhuma citação bíblica.. De fato, todas as orações autênticas do Santo são frases tomadas das Escrituras ou da Liturgia.
O texto original desta oração é:
Belle prière à faire pendant la Messe
Seigneur, faites de moi un instrument de votre paix.
Là où il y a de la haine, que je mette l’amour.
Là où il y a l’offense, que je mette le pardon.
Là où il y a la discorde, que je mette l’union.
Là où il y a l’erreur, que je mette la vérité.
Là où il y a le doute, que je mette la foi.
Là où il y a le désespoir, que je mette l’espérance.
Là où il y a les ténèbres, que je mette votre lumière.
Là où il y a la tristesse, que je mette la joie.
Ô Maître, que je ne cherche pas tant à être consolé qu’à consoler, à être compris qu’à comprendre, à être aimé qu’à aimer, car c’est en donnant qu’on reçoit, c’est en s’oubliant qu’on trouve, c’est en pardonnant qu’on est pardonné, c’est en mourant qu’on ressuscite à l’éternelle vie.

Uma das mais conhecidas traduções para a língua portuguesa desta oração é:
Senhor: Fazei de mim um instrumento de vossa Paz!
Onde houver Ódio, que eu leve o Amor,
Onde houver Ofensa, que eu leve o Perdão.
Onde houver Discórdia, que eu leve a União.
Onde houver Dúvida, que eu leve a Fé.
Onde houver Erro, que eu leve a Verdade.
Onde houver Desespero, que eu leve a Esperança.
Onde houver Tristeza, que eu leve a Alegria.
Onde houver Trevas, que eu leve a Luz!
Ó Mestre, fazei que eu procure mais:
consolar, que ser consolado;
compreender, que ser compreendido;
amar, que ser amado.
Pois é dando, que se recebe.
Perdoando, que se é perdoado e
é morrendo, que se vive para a vida eterna!
Amém

Pesquisa feita por SXS, para enriquecimento do estudo bíblico da Igreja Batista Memorial, tema “Oração”, classe de discipulados, solicitada pela professora K...
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[1] Poverello - apelido atribuído a São Francisco, “o pobrezinho”.

[2] apócrifo (adjetivo)
[Do gr. apókryphos, pelo lat. tard. apocryphu.]
1.Diz-se de obra ou fato sem autenticidade, ou cuja autenticidade não se provou.
2.Diz-se, entre os católicos, dos escritos de assunto sagrado não incluídos pela Igreja no Cânon das Escrituras autênticas e divinamente inspiradas.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Nova ortografia da Língua Portuguesa

Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa
Por: Marília Mendes


Alfabeto
O alfabeto é agora formado por 26 letras
Regra Antiga - O "k", "w" e "y" não eram consideradas letras do nosso alfabeto.
Regra Nova - Essas letras serão usadas em siglas, símbolos, nomes próprios, palavras estrangeiras e seus derivados. Exemplos: km, watt, Byron, byroniano

Trema
Não existe mais o trema em língua portuguesa. Apenas em casos de nomes próprios e seus derivados, por exemplo: Müller, mülleriano
Regra Antiga - agüentar, conseqüência, cinqüenta, qüinqüênio, frqüência, freqüente, eloqüência, eloqüente, argüição, delinqüir, pingüim, tranqüilo, lingüiça
Regra Nova - aguentar, consequência, cinquenta, quinquênio, frequência, frequente, eloquência, eloquente, arguição, delinquir, pinguim, tranquilo, linguiça.

Acentuação

Ditongos abertos (ei, oi) não são mais acentuados em palavras paroxítonas
Regra Antiga - assembléia, platéia, idéia, colméia, boléia, panacéia, Coréia, hebréia, bóia, paranóia, jibóia, apóio, heróico, paranóico
Regra Nova - assembleia, plateia, ideia, colmeia, boleia, panaceia, Coreia, hebreia, boia, paranoia, jiboia, apoio, heroico, paranoico
obs: nos ditongos abertos de palavras oxítonas e monossílabas o acento continua: herói, constrói, dói, anéis, papéis.

obs2: o acento no ditongo aberto "eu" continua: chapéu, véu, céu, ilhéu.

O hiato "oo" não é mais acentuado
Regra Antiga - enjôo, vôo, corôo, perdôo, côo, môo, abençôo, povôo
Regra Nova - enjoo, voo, coroo, perdoo, coo, moo, abençoo, povoo

O hiato "ee" não é mais acentuado
Regra Antiga - crêem, dêem, lêem, vêem, descrêem, relêem, revêem
Regra Nova -creem, deem, leem, veem, descreem, releem, reveem

Não existe mais o acento diferencial em palavras homógrafas
Regra Antiga - pára (verbo), péla (substantivo e verbo), pêlo (substantivo), pêra (substantivo), péra (substantivo), pólo (substantivo)
Regra Nova - para (verbo), pela (substantivo e verbo), pelo (substantivo), pera (substantivo), pera (substantivo), polo (substantivo)
Obs: o acento diferencial ainda permanece no verbo "poder" (3ª pessoa do Pretérito Perfeito do Indicativo - "pôde") e no verbo "pôr" para diferenciar da preposição "por"

Não se acentua mais a letra "u" nas formas verbais rizotônicas, quando precedido de "g" ou "q" e antes de "e" ou "i" (gue, que, gui, qui)
Regra Antiga - argúi, apazigúe, averigúe, enxagúe, enxagúemos, obliqúe
Regra Nova - argui, apazigue,averigue, enxague, ensaguemos, oblique

Não se acentua mais "i" e "u" tônicos em paroxítonas quando precedidos de ditongo
Regra Antiga - baiúca, boiúna, cheiínho, saiínha, feiúra, feiúme
Regra Nova - baiuca, boiuna, cheiinho, saiinha, feiura, feiume

Hífen

O hífen não é mais utilizado em palavras formadas de prefixos (ou falsos prefixos) terminados em vogal + palavras iniciadas por "r" ou "s", sendo que essas devem ser dobradas
Regra Antiga - ante-sala, ante-sacristia, auto-retrato, anti-social, anti-rugas, arqui-romântico, arqui-rivalidae, auto-regulamentação, auto-sugestão, contra-senso, contra-regra, contra-senha, extra-regimento, extra-sístole, extra-seco, infra-som, ultra-sonografia, semi-real, semi-sintético, supra-renal, supra-sensível
Regra Nova - antessala, antessacristia, autorretrato, antissocial, antirrugas, arquirromântico, arquirrivalidade, autorregulamentação, contrassenha, extrarregimento, extrassístole, extrasseco, infrassom, inrarrenal, ultrarromântico, ultrassonografia, suprarrenal, suprassensível
obs: em prefixos terminados por "r", permanece o hífen se a palavra seguinte for iniciada pela mesma letra: hiper-realista, hiper-requintado, hiper-requisitado, inter-racial, inter-regional, inter-relação, super-racional, super-realista, super-resistente etc.


O hífen não é mais utilizado em palavras formadas de prefixos (ou falsos prefixos) terminados em vogal + palavras iniciadas por outra vogal
Regra Antiga - auto-afirmação, auto-ajuda, auto-aprendizagem, auto-escola, auto-estrada, auto-instrução, contra-exemplo, contra-indicação, contra-ordem, extra-escolar, extra-oficial, infra-estrutura, intra-ocular, intra-uterino, neo-expressionista, neo-imperialista, semi-aberto, semi-árido, semi-automático, semi-embriagado, semi-obscuridade, supra-ocular, ultra-elevado
Regra Nova - autoafirmação, autoajuda, autoaprendizabem, autoescola, autoestrada, autoinstrução, contraexemplo, contraindicação, contraordem, extraescolar, extraoficial, infraestrutura, intraocular, intrauterino, neoexpressionista, neoimperialista, semiaberto, semiautomático, semiárido, semiembriagado, semiobscuridade, supraocular, ultraelevado.
Obs: esta nova regra vai uniformizar algumas exceções já existentes antes: antiaéreo, antiamericano, socioeconômico etc.
Obs2: esta regra não se encaixa quando a palavra seguinte iniciar por "h": anti-herói, anti-higiênico, extra-humano, semi-herbáceo etc.

Agora utiliza-se hífen quando a palavra é formada por um prefixo (ou falso prefixo) terminado em vogal + palavra iniciada pela mesma vogal.
Regra Antiga - antiibérico, antiinflamatório, antiinflacionário, antiimperialista, arquiinimigo, arquiirmandade, microondas, microônibus, microorgânico
Regra Nova - anti-ibérico, anti-inflamatório, anti-inflacionário, anti-imperialista, arqui-inimigo, arqui-irmandade, micro-ondas, micro-ônibus, micro-orgânico
obs: esta regra foi alterada por conta da regra anterior: prefixo termina com vogal + palavra inicia com vogal diferente = não tem hífen; prefixo termina com vogal + palavra inicia com mesma vogal = com hífen
obs2: uma exceção é o prefixo "co". Mesmo se a outra palavra inicia-se com a vogal "o", NÃO utliza-se hífen.

Não usamos mais hífen em compostos que, pelo uso, perdeu-se a noção de composição
Regra Antiga - manda-chuva, pára-quedas, pára-quedista, pára-lama, pára-brisa, pára-choque, pára-vento
Regra Nova - mandachuva, paraquedas, paraquedista, paralama, parabrisa, pára-choque, paravento
Obs: o uso do hífen permanece em palavras compostas que não contêm elemento de ligação e constiui unidade sintagmática e semântica, mantendo o acento próprio, bem como naquelas que designam espécies botânicas e zoológicas: ano-luz, azul-escuro, médico-cirurgião, conta-gotas, guarda-chuva, segunda-feira, tenente-coronel, beija-flor, couve-flor, erva-doce, mal-me-quer, bem-te-vi etc.

Observações Gerais
O uso do hífen permanece
Exemplos
Em palavras formadas por prefixos "ex", "vice", "soto"
ex-marido, vice-presidente, soto-mestre
Em palavras formadas por prefixos "circum" e "pan" + palavras iniciadas em vogal, M ou N
pan-americano, circum-navegação
Em palavras formadas com prefixos "pré", "pró" e "pós" + palavras que tem significado próprio
pré-natal, pró-desarmamento, pós-graduação
Em palavras formadas pelas palavras "além", "aquém", "recém", "sem"
além-mar, além-fronteiras, aquém-oceano, recém-nascidos, recém-casados, sem-número, sem-teto

Não existe mais hífen
Em locuções de qualquer tipo (substantivas, adjetivas, pronominais, verbais, adverbiais, prepositivas ou conjuncionais)
Exemplos - cão de guarda, fim de semana, café com leite, pão de mel, sala de jantar, cartão de visita, cor de vinho, à vontade, abaixo de, acerca de etc.
Exceções - água-de-colônia, arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-perfeito, pé-de-meia, ao-deus-dará, à queima-roupa

Pólen Desidratado - Faz Bem

Pólen - alimento proteico para as abelhas - complemento alimentar para o homem!
por: Augusta Carolina de Camargo Carmello Moreti*

O pólen apresenta uma composição química altamente complexa e, provavelmente até agora não totalmente elucidada, tendo condições de fornecer praticamente todas as substâncias indispensáveis ao bom funcionamento do organismo humano.




O pólen contém a maioria, se não todos, os nutrientes essenciais para a produção de geléia real

A importância do pólen para as abelhas
Para muitos insetos, e especialmente para as abelhas, o pólen é a principal fonte de alimento não líquido. O pólen contém a maioria, se não todos, os nutrientes essenciais para a produção de geléia real, com a qual são nutridas as larvas de rainha e as larvas jovens de operárias. O pólen é a principal fonte de proteínas e lipídios para as larvas, talvez para todas as espécies e gêneros de Apidae, pois a quantidade de proteína e gordura no néctar é insignificante.

As operárias mais velhas usam a proteína diretamente do pólen, já as larvas e os adultos de rainha e as larvas jovens de ambos os sexos recebem geléia real, produzida pelas abelhas nutrizes, enriquecida com pólen.

Deste modo o pólen é essencial para o crescimento normal e o desenvolvimento de todos os indivíduos de uma colônia de abelhas, bem como, é essencial para a reprodução das colônias.
O corpo das abelhas é recoberto por finos pêlos nos quais o pólen adere quando as abelhas visitam as flores. As abelhas, em seguida, varrem o pólen de seus corpos com o auxílio das pernas e os acondicionam em depressões localizadas nos fêmures das pernas posteriores que recebem o nome de corbículas.

Posteriormente, o pólen coletado é estocado em células dos quadros e pela ação de enzimas presentes na saliva das abelhas este pólen estocado sofre algumas transformações e recebe o nome de “pão de abelhas”.
A quantidade de pólen carregada pelas abelhas melíferas é maior do que a coletada por outros insetos. Abelhas dos gêneros Apis, Bombus e Colletes podem carregar cargas de pólen de 100-120mg, igual aproximadamente à metade do peso de seu corpo.

Nem todos os grãos de pólen têm igual valor nutritivo para as abelhas, pois eles diferem em sua composição química de planta para planta. Abelhas alimentadas com determinados tipos de pólen desenvolvem-se mais rapidamente do que com outros tipos, pois cada pólen tem uma quantidade diferente de vitaminas, proteínas, carboidratos, minerais, açúcares.

As abelhas conseguem sintetizar apenas a histidina e talvez a arginina, mas os demais aminoácidos essenciais ao desenvolvimento das abelhas são retirados do pólen.
O pólen é consumido pelas abelhas adultas, é fornecido às larvas de operárias e zangões, após o terceiro dia de desenvolvimento.

Para produzir cera e geléia real a abelha operária necessita também se alimentar de pólen o que propicia o bom desenvolvimento das glândulas produtoras destas substâncias.

Pólen nos produtos apícolas
As abelhas, ao coletarem o néctar das flores para a produção de mel, carregam também, involuntariamente ou não, o pólen, sendo este adicionado ao mel quando o néctar é regurgitado nos alvéolos. Desta maneira o pólen aparecerá no mel e em outros produtos da colméia como cera e própolis, constituindo-se em um importante indicador de sua origem geográfica, principalmente, e botânica.

A análise polínica permite identificar as principais fontes poliníferas utilizadas pelas abelhas, bem como os períodos de produção de pólen no campo e as possíveis épocas de carência. A análise polínica baseia-se no conhecimento prévio das características morfológicas dos grãos de pólen de espécies de plantas ou de grupos de plantas. Esta análise é feita por comparação do pólen presente nos produtos apícolas (mel, própolis, cera), com aqueles referentes à flora da região, previamente catalogados.

Composição do pólen
O pólen contém basicamente:

30% de água,
10 a 36% de proteínas,
20 a 40% de glucídeos,
1 a 20% de lipídios (gorduras) (mas usualmente não mais que 5%),
1 a 7% de matérias minerais (apresenta cálcio, cloro, cobre, ferro, magnésio, fósforo, potássio, silício, enxofre, alumínio, ferro, manganês, níquel, titânio e zinco), além de resinas, matérias corantes, vitaminas A, B, C, D, E, enzimas e coenzimas.

Os principais aminoácidos encontrados em sua composição são principalmente: arginina, histidina, isoleucina, lisina, metionina, fenilalanina, treonina, triptofano, valina e prolina (o mais abundante). São observados também carboidratos (cerca de 29%) que são formados por açúcares reduzidos e quantidades insignificantes de glicose, frutose, rafinose e amido.

Como o valor alimentar do pólen de diferentes fontes, varia grandemente (de 7,02% nos Pinus a 35,5% nas Palmaceas), uma mistura de diferentes fontes botânicas é necessária para propiciar uma dieta balanceada e é isso que a abelha costuma fazer de modo que, em média o pólen coletado por abelhas compara-se em conteúdo protéico com o dos feijões, ervilhas e lentilhas.

O pólen apresenta uma composição química altamente complexa e provavelmente até agora não totalmente elucidada, tendo condições de fornecer praticamente todas as substâncias indispensáveis ao bom funcionamento do organismo humano.
A utilização do pólen como complemento alimentar para o organismo humano exerce uma ação tripla sobre o mesmo, pois além de atuar sobre o crescimento, regula as funções intestinais e o sistema nervoso, e finalmente fortifica o organismo de uma maneira geral.


*Augusta Carolina de Camargo Carmello Moreti: possui graduação em Engenharia Agronômica pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiróz (1976), mestrado em Entomologia pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (1980) e doutorado em Ciências Biológicas pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (1990). Atualmente é pesquisadora científica do Instituto de Zootecnia. Tem experiência na área de Zootecnia, com ênfase em Ecologia dos Animais Domésticos e Etologia, atuando principalmente nos seguintes temas: apis mellifera, mel, abelha africanizada, analises físico-químicos e abelhas africanizadas.

Polén Desidratado - Faz Mal

Pólen de Abelha, Geléia Real e Própolis
Stephen Barrett, M.D.


"Pólen de abelha" é na verdade pólen de flores que é coletado de abelhas assim que elas entram na colméia ou é colhido por outros meios. Os grãos de pólen se fixam às patas e em outras partes do corpo das abelhas conforme elas se servem do néctar (o precursor do mel) de dentro das flores. Os produtos com pólen são comercializados através de lojas de alimentos naturais, distribuidores de multi nível, drogarias, anúncios para pedidos pelo correio e pela internet.

Alegações Enganosas
Os promotores chamam o pólen de abelha de "o alimento perfeito" e enfatizam que ele contêm todos os aminoácidos essenciais e muitas vitaminas e minerais [1]. Entretanto, nenhum destes nutrientes oferece qualquer mágica, e todos são obtidos facilmente e menos dispendiosamente a partir dos alimentos convencionais. A CC Pollen Company de Phoenix, Arizona, também tem alegado:
Estima-se que o pólen da abelha comum contêm mais de 5.000 enzimas e coenzimas, muitas vezes acima que qualquer outro alimento. Enzimas no corpo não são apenas necessárias para cicatrização e digestão perpétuas mas para a própria vida. Sem enzimas, a vida é impossível. Além disso, as enzimas protegem contra o envelhecimento prematuro. Tem sido declarado com segurança que somente o pólen da abelha comum contém todas as enzimas conhecidas na proporção perfeita e equilíbrio perfeito [1].

A declaração acima é errônea. O pólen não contém todas as enzimas conhecidas, e mesmo se tivesse, isto não contribuiria com a saúde humana. As enzimas em plantas e em outras espécies de animas ajudam a regular as funções metabólicas de suas respectivas espécies. Quando ingeridas, elas não agem como enzimas dentro do corpo humano, porque são digeridas ao invés de absorvidas intactas para o interior do corpo.

Também tem sido alegado que o pólen de abelha melhora o desempenho atlético e sexual; diminui o processo de envelhecimento; promove tanto perda como ganho de peso; previne infecção, alergia e câncer; e alivia mais de 60 outros problemas de saúde.

Nenhum estudo científico apóia qualquer alegação de que o pólen de abelha seja eficaz contra qualquer doença humana.

Os poucos estudos que foram feitos para testar seus efeitos sobre o desempenho atlético não mostraram nenhum benefício [2-4]. Em meados dos anos 70, por exemplo, os testes conduzidos em nadadores e corredores de cross-country não encontraram nenhuma diferença no desempenho entre aqueles que tomaram pólen de abelha e aqueles que tomaram um placebo [3]. Um estudo de seis semanas com 20 nadadores publicado em 1982 não encontrou nenhuma diferença de desempenho [4].

A geléia real, a qual é secretada pelas glândulas salivares das abelhas operárias, serve como alimento para todas as larvas jovens e como o único alimento para as larvas que se desenvolverão em abelhas rainha. A exemplo do pólen de abelha, tem sido falsamente alegado que a geleia real é especialmente nutritiva, proporciona energia revigorante, e tem propriedades terapêuticas.

Pólen de abelha e geleia real deveriam ser considerados como potencialmente perigosos porque eles causam reações alérgicas. Pessoas alérgicas a polens específicos têm desenvolvido asma, urticária e choque anafilático após ingerir pólen ou geléia real [5-12]. Reações neurológicas e gastrointestinais também têm sido relatadas [13,14].

Alguns casos de asma e anafilaxia tem sido fatais. O potencial para reações graves é disseminado porque pelo menos 5% dos americanos são alérgicos ao pólen da ambrósia americana [ragweed], e o pólen de abelha contêm pólen da ambrósia ou de plantas que cruzam com a ambrósia, como dente-de-leão, girassol ou crisântemo [15,16].

Tem se especulado que a presença destes alérgenos pode fazer com que os usuários regulares se tornem dessensibilizados (como aconteceria com injeções de alergia). Entretanto, as chances disto acontecer são extremamente pequenas.
Injeções transferem o pólen em quantidades significativas e controláveis, ao passo que o pólen de abelha ingerido pela boca transfere quantidades imprevisíveis que são digeridas [17].

As abelhas são expostas a vários contaminantes bacteriológicos e químicos que podem ser incorporados aos produtos para consumo humano [18]. Ainda que tanto o pólen de abelha como a geleia real contenham substâncias com propriedades antibióticas, ambos podem sustentar o crescimento de organismos causadores de doenças e nenhum dos dois tem uso prático como antibiótico [19].

Os contaminantes também podem ser introduzidos durante o processamento [18]. Em 1995, Montana Naturals International, de Arlee, Montana, teve que recolher vários milhares de garrafas de uma mistura de pólen de abelha/geléia real/própolis por causa da contaminação com chumbo.

O própolis, também chamado de "cola da abelha", é uma substância resinosa que as abelhas usam para construir e manter suas colméias. Em testes laboratoriais, o própolis tem exibido uma variedade de interessantes propriedades antimicrobianas e anti tumorais [20]. Entretanto, tem pouco uso prático e pode causar dermatite de contato e outras reações alérgicas [21].

Ações da Justiça Federal Americana
Em 1990, o Federal Trade Commission (FTC) obteve um acordo barrando a American Life Nutrition e a American LifeFarFun, Inc., de fazerem várias alegações não substanciadas para seus produtos com polens de abelha e quatro outros produtos.

Em 1992, uma corte federal ordenou a destruição de uma grande quantidade de Bee Alive, uma combinação de geléia real e ervas em mel confiscado da Bee-Alive Inc., de Valley Cottage, N.Y.
Em 1989, o FDA tinha advertido a companhia que o material promocional distribuído com um produto similar tinha feito declarações ilegais de que o produto era útil no tratamento ou prevenção da síndrome crônica pelo vírus Epstein-Barr, úlceras gastrointestinais, colites, hipotensão arterial, arteriosclerose, colapsos nervosos, infertilidade, impotência, depressão, artrite reumatóide, doença de Alzheimer, anemia, asma, hemorróidas, enxaquecas e outros problemas.

Apesar de uma promessa de parar de distribuir literatura fazendo estas alegações, a companhia continuou a anunciar que a Regina Royal Jelly podia ajudar as crianças a resistir a doenças infantis, "oferecer vitalidade o dia inteiro e tranqüilidade durante a noite," aumentar o vigor físico e mental, e "parece melhorar o sistema imune". A presidenta da companhia Madeline Balletta ainda promove o Bee-Alive como um "super-alimento" cujos usuários (incluindo ela mesma) foram aliviados de fadigas severas [22,23]
Em 1994, o FTC obteve um acordo barrando a Bee-Sweet, Inc., uma empresa com sede na Carolina do Norte, de alegar que seus produtos podiam tratar várias doenças físicas. Seus anúncios tinham alegado que, "Estudos realizados por médicos ao redor do mundo têm demonstrado que o pólen de abelha é eficaz no tratamento de doenças de alergias a artrite, de anorexia ao aumento de peso, de fadiga a arteriosclerose."

Em 1992, a CC Pollen Company e seus proprietários (Bruce R. Brown, Carol M. Brown, and Royden Brown) concordaram em pagar 200 mil dólares para resolver acusações de que eles alegaram falsamente que os produtos com pólen de abelha podiam produzir perda de peso, alívio de alergias permanentemente, reverter o processo de envelhecimento, e curar, prevenir ou aliviar impotência ou disfunção sexual. A companhia e seus proprietários foram também acusados por haverem declarado falsamente que os produtos com pólen de abelha eram um antibiótico eficaz para uso humano e não podiam resultar em uma reação alérgica. Pelo acordo, a companhia e seus proprietários foram proibidos de fazer todas estas alegações e foi exigido que eles tenham evidência científica para apoiar qualquer outra alegação relacionada com a saúde sobre qualquer outro produto para consumo humano.

Algumas das alegações falsas foram feitas em informes comerciais que foram deturpados como noticiários ou programas documentários, embora fossem anúncios pagos. Durante um destes informes, intitulado "TV Insiders", o apresentador Vince Inneo insinuou falsamente que o programa era parte de uma série de investigações independentes. Os produtos oferecidos durante os informes eram Bee-Young, Pollenergy (para "restaurar a energia perdida"), Royal Jelly ("para manter-se ativo sexualmente em qualquer idade"), President's Lunch e First Lady's Lunch Bar. A produtora dos informes TV, Inc., assinou um acordo em separado.

Ainda que a violação de um acordo com o FTC possa trazer grandes penalidades, Royden Brown continuou a promover o pólen de abelha ilegalmente. Em maio de 1994, S&S Public Relations Inc., de Chicago, publicou uma carta declarando: "É a estação das alergias, mas muitos sofredores não estão sofrendo mais. Eles estão usando o Aller-Bee-Gone, tabletes de pólen de abelha aos quais se atribui o alívio dos sintomas de alergia, asma e outras doenças respiratórias." O release que acompanhava adicionou que o objetivo da vida de Brown era "eliminar doenças degenerativas pelo mundo inteiro através do uso do pólen de abelha. Entretanto, algumas semanas mais tarde, o promotor mais pitoresco do pólen de abelha morreu devido a lesões sofridas em uma queda.


Referências
1. Is honeybee pollen the world's only perfect food? (Booklet) Phoenix, AZ: CC Pollen Company, 1984.
2. Steben RE, Boudroux P. The effects of pollen and pollen extracts on selected blood factors and performance of athletes. Journal of Sports Medicine and Physical Fitness 18:271-278, 1978.
3. Larkin T. Bee pollen as a health food. FDA Consumer 18(3):21 22, 1984.
4. Maughan RJ, Evans SP. Effects of pollen extract upon adolescent swimmers. British Journal of Sports Medicine 16:142-145, 1982.
5. Thien FC and others. Asthma and anaphylaxis induced by royal jelly. Clinical and Experimental Allergy 26:216-222, 1996.
6. Shaw D and others. Traditional remedies and food supplements. A 5-year toxicological study (1991-1995). Drug Safety 17:342-356, 1997.
7. Prichard M, Turner KJ. Acute hypersensitivity to ingested processed pollen. Australian and New Zealand Journal of Medicine 15:346-347, 1985.
8. Yonei Y and others. Case report: Haemorrhagic colitis associated with royal jelly intake. Journal of Gastroenterology and Hepatology 12:495-499, 1997.
9. Geyman JP. Anaphylactic reaction after ingestion of bee pollen. Journal of the American Board of Family Practice 7:250-252, 1994.
10. Mansfield LE, Goldstein GB. Anaphylactic reaction after ingestion of local bee pollen. Annals of Allergy 47:154-156, 1981.
11. Lombardi C and others. Allergic reactions to honey and royal jelly and their relationship with sensitization to compositae. Allergologia et Immunopathologia 26:288-290, 1998.
12. Leung R and others. Royal jelly consumption and hypersensitivity in the community. Clinical and Experimental Allergy 27:333-336, 1997.
13. Lin FL and others. Hypereosinophilia, neurologic, and gastrointestinal symptoms after bee pollen ingestion. Journal of Allergy and Clinical Immunology 83:793-796, 1989.
14. Puente S and others. Eosinophilic gastroenteritis caused by bee pollen sensitization. Medicina Clinica 108:698-700, 1997.
15. Mirkin G. Can bee pollen benefit health? JAMA 262:1854, 1989.
16. Helbling A and others. Allergy to honey: Relation to pollen and honey bee allergy. Allergy 47:41-49, 1992.
17. Wandycz K. Allergies: Runny nose? Itchy throat? Bee pollen helps some allergy victims, but for most people it's a waste of money. Forbes, April 25, 1995, p 414.
18. Fleche C and others. Contamination of bee products and risk for human health: Situation in France. Revue Scientifique et Technique 16:609-19, 1997.
19. Sanford MT. Pollen marketing. Fact Sheet ENY-118. Institute of Food and Agricultural Sciences, University of Florida. Feb 1995.
20. Burdock GA. Review of the biological properties and toxicity of bee propolis. Food and Chemical Toxicology 36:347-363, 1998.
21. Hausen BM and others. Propolis allergy (I): Origin, properties, usage and literature review. Contact Dermatitis 17:163-170, 1987.
22. Ben Kinchlow and Madeline Balletta have a secret they want to share with you. They both have major responsibilities and hectic schedules. They both travel extensively. They have a secret . . . a God-given food that has already helped hundreds of thousands of Christians. Advertisement in Human Events, Aug 20, 1999, p 15.
23. Bee-Alive Web site, Accessed Aug 22, 1999.

Liderança Cristã

A LIDERANÇA CRISTÃ NA ATUALIDADE

INTRODUÇÃO

Liderança é o processo de conduzir um grupo de pessoas a um objetivo comum.
Líder é aquele que recebe tal responsabilidade, assumindo o compromisso de levar o grupo àquele objetivo.
Portanto, liderar exige conhecimentos, técnicas e aprendizado contínuo no trato de pessoas.
Não confunda administrar coisas com liderar pessoas!
Liderar não é administrar templos, finanças, organizações. Você pode ser um ótimo administrador das finanças da sua igreja, por exemplo, e não ter nenhuma liderança nesta área.

1 - FOCOS DO LÍDER:
· PESSOAS: elas são o alvo da liderança. Não se lidera coisas, lidera-se pessoas!
· OBJETIVO: sem objetivo, o grupo se perde, o líder não sabe para onde liderar seu grupo. Um objetivo principal. Exemplo: EBD - objetivo: levar almas ao conhecimento de Jesus, através do ensino da Bíblia.

2 - ESTILOS DE LIDERANÇA:
· Autocrática: decide tudo sozinho. Não dá espaço para novos líderes. Exigente. Foco nos "resultados" e não nas pessoas.
· Democrática: não decide nada, deixa tudo para que os liderados decidam. Foco nas pessoas e não no objetivo.
· Volúvel: vai de acordo com a "onda". Muda o objetivo de acordo com "as novidades".
· Detalhista: perde-se em detalhes e perfeccionismos. Preocupa-se mais com os métodos que o objetivo.
· Responsável: assume a responsabilidade da liderança, motivando o grupo a atingir o objetivo. Trabalha com foco nas pessoas sem perder de vista o objetivo.

3 - TÉCNICAS DO BOM LÍDER:
· COMUNICAR: informar de maneira clara, direta e simples. Transmitir a visão da necessidade de conseguir o objetivo.
· DELEGAR: acionar os recursos dos seus liderados ("dons") na direcão do objetivo. Fazer com que 1+1 seja igual a 3, e não 2. Organizar tarefas e funções. Formar equipes.
· INOVAR: aceitar mudanças e novas ideias. A única coisa que o bom líder não cede é quanto ao objetivo. No caso do líder cristão, não cede quanto à doutrina bíblica.
· MOTIVAR: incentivar novas lideranças. Elogiar. Estimular a participação dos liderados nos processos que levam ao objetivo final. Ser exemplo de conduta.
· PLANEJAR: ter uma visão de longo prazo, definindo prioridades. Treinar as lideranças. Adotar metodologias compatíveis com os objetivos.

4 - EXEMPLO DE LIDERANÇA; JESUS:
Seu objetivo: salvar os homens do pecado, do mal e da morte.
· Comunicou: sua mensagem de amor e nova vida, na linguagem do povo da época (parábolas). Pregou em aramaico (língua corrente da Palestina).
· Delegou: a missão de espalhar a mensagem de salvação a todo o mundo.
· Inovou: rompeu com as arcaicas tradições religiosas da época. Ensinou ao ar livre, concedeu perdão a prostitutas e cobradores de impostos, curou no sábado.
· Motivou: enviou Seu Espírito para que seus discípulos saíssem das easas-esconderijos. Foi exemplo de conduta em todas as áreas humanas.
· Planejou: deu ordens específicas ("amai-vos uns aos outros..." etc.) e escolheu 12 homens para a liderança, treinando-os durante 3 anos.

5 - A ESCALA DE VALORES DO LÍDER CRISTÃO
1) CRISTO
2) PESSOAS
3) IGREJA
4) EU
· O objetívo é: "Servir a Cristo e Seu Reino, como embaixadores" (Mt 6.33,2 Co 5.19-20)
· A prioridade é: "Almas." (Mt 28.18-20)
· O método é: "Missionário, através do Corpo de Cristo (a Igreja)" (Mt 16.18-19)
· O menor servo é: "eu" (Mc 19.35, Lc 9.46-48)

6 - AS 10 BEM AVENTURANÇAS DE UM LÍPER:
1. Bem aventurado o líder que não busca posições elevadas, mas que foi convocado ao serviço pela sua habilidade e disposição de servir.
2. Bem aventurado o líder que sabe para onde está indo e como chegar lá.
3. Bem aventurado o líder que não fica desencorajado e que não apresenta alegações para isto.
4. Bem aventurado o líder que sabe liderar sem ser ditador. Os verdadeiros líderes são humildes.
5. Bem aventurado o líder que busca o melhor para os seus liderados.
6. Bem aventurado o líder que lidera conforme o bem da maioria e não segundo a gratificação pessoal de suas próprias ideias.
7. Bem aventurado o líder que desenvolve líderes ao liderar.
8. Bem aventurado o líder que marcha com o grupo, interpretando corretamente os sinais do caminho que conduzem ao sucesso.
9. Bem aventurado o líder que tem a sua cabeça nas nuves, mas os seus pés na terra.
10. Bem aventurado o líder que considera a liderança como uma oportunidade de servir.

7 - LIDERANÇA - BARREIRAS E ERROS;
Barreiras à delegação do poder
· Desejo de segurança e "status" - O único líder verdadeiro é aquele que se reproduz!
· Resistência à mudança.
· Falta de auto-estima.
· Só os líderes seguros são capazes de doar.
· As melhores coisas acontecem somente quando você dá a fama aos outros.

8 - O LÍDER MEDÍOCRE;
· Têm que estar sempre certos: Eles precisam sempre ganhar as discussões, forçar as pessoas a concordarem com elas e fazer tudo do seu jeito. Seu ego nunca permite que eles aceitem que estão errados ou que cometeram um erro. Isso acaba destruindo qualquer possibilidade de criatividade ou inovação dentro da equipe.
· Perdem a calma por qualquer coisa: A maioria dos chefes medíocres usará sua raiva e temperamento explosivo para controlar ou intimidar os outros.
· Externam seus problemas jogando a culpa nos outros: Ao fazer isso, ao invés de ajudar a resolver o problema e evitar que ele ocorra novamente, só conseguem aumentar os ressentimentos e a desmotivação dentro da equipe.
· Têm pouca tolerância e nenhuma paciência: Tendem a desrespeitar e diminuir sua equipe, tornando bastante desagradável o ambiente de atividades, matando a paixão e a energia de todos.
· Têm sérios problemas para controlar-se: A maioria dos líderes medíocres têm que estar permanentemente no controle. Sentem-se perdidos ou desconfortáveis quando algum outro está no comando. Acreditam que têm todas as respostas, e acham que sempre devem ter a resposta certa.
· Têm medo de delegar: rodeiam-se de pessoas parecidas com eles na forma de pensar, acreditar, comportar e mesmo de vestir. Depois tratam essas pessoas como se fossem escravos sem cérebro, que existem apenas para seguir suas ordens e produzir os resultados adequados. Obviamente, isso acaba matando a liberdade de expressão, a diversidade e qualquer possibilidade de mudança!
· Não têm um propósito maior na vida: A maioria dos líderes medíocres se preocupa mais com as estatísticas do que as pessoas. Cobram sem parar, e perturbam o ambiente, ao invés de estimular as pessoas.
· Não têm a habilidade de reconhecer sinceramente: Não conhecem as pessoas pelo que elas são - somente pelo que produzem. Ao serem questionados sobre o assunto, já que existem benefícios comprovados em cuidar do lado humano da equipe, os medíocres sentem-se altamente desconfortáveis, pois se são incompetentes em lidar com suas próprias emoções, imagine então com a dos outros.
· Têm baixíssima inteligência emocional: Enquanto muitos medíocres têm níveis altos de inteligência e treinamento, com formação em Universidades famosas e muito conhecimento técnico, tendem também à pobreza nas qualidades pessoais, de personalidade e caráter fundamentais para liderar e inspirar uma equipe. Este defeito acaba provocando reflexos em outras áreas, como por exemplo, constantes mudanças nos trabalhos e planos.
· Não têm autenticidade e honestidade: acham que podem enganar o público com pequenas mentiras, meias verdades e falsas promessas, esquecendo-se que com estes “pequenos detalhes” na verdade estão cavando sua própria ruína. As pessoas podem até esquecer-se de algo que você tenha feito ou dito - mas nunca se esquecerão de quem você é, como é e como as tratou. O mundo é pequeno - trate-as bem!

LIDERANÇA - um desafio ao serviço
A verdadeira liderança não pode ser concedida, nomeada ou atribuída. Deve ser conquistada O líder tem que inspirar a confiança e merecer o respeito de seus liderados.


9 - PRINCÍPIOS DE LIDERANÇA:
· Os líderes tocam o coração antes de pedir ajuda:
Você não pode estimular as pessoas à ação a menos que primeiro as estimule com a emoção. O coração em primeiro lugar, depois e cabeça. Quanto mais fortes a relação e a ligação entre as pessoas, maior será a probabilidade do consenso e da união. Mesmo num grupo você precisa se relacionar com cada pessoa individualmente. As pessoas não se preocupam com o quanto você sabe até que saibam o quanto você se preocupa com elas. Para liderar a si mesmo use a cabeça; para liderar os outros, use o coração.
· O potencial de um líder é determinado pelas pessoas mais próximas dele:
Se as pessoas são fortes, o líder pode realizar grandes coisas. Se são fracas, nada feito. Essa é a lei do círculo íntimo. Quando você forma a equipe certa, o potencial dispara. Não existem líderes do tipo "Aventureiro Solitário". Se você está só, não está liderando ninguém. O líder encontra grandeza no grupo, e ajuda os membros a encontrá-la em si mesmos. Pense em qualquer líder altamente eficaz, e achará alguém que se cercou de um forte círculo íntimo.
· Não existe sucesso do dia para a noite. Liderança é aprendizado:
É a sua capacidade de desenvolver e lapidar as suas habilidades que distingue os líderes dos seus seguidores. O segredo do nosso sucesso está nos compromissos diários. Líderes são aprendizes. Liderança é como investimento; rende juros, mas exige: respeito, experiência, força emocional, habilidade com pessoas, disciplina, visão, ímpeto e senso de oportunidade.
· A verdadeira medida da Liderança é a influência - nada mais, nada menos: A emergência de um Líder – “Você alcançou excelência como Líder quando as pessoas o seguem aonde você for, mesmo que por mera curiosidade.” A verdadeira liderança não pode ser concedida, nomeada ou atribuída.
· Qualquer um pode pilotar o barco, mas só um Líder sabe traçar o percurso: As pessoas precisam de líderes capazes de navegar eficientemente. Os navegadores vislumbram a viagem com antecedência. " O líder é aquele que vê mais do que os outros, que vê mais longe do que os outros, que vê antes dos outros". Leroy Eims
· Quando o verdadeiro líder fala, as pessoas ouvem: Os olhos revelam (em uma reunião):
1. Quando alguém fez uma pergunta, para quem olham as pessoas?
2. Quem elas esperam ouvir?
O verdadeiro teste de liderança não é o ponto de partida, mas o ponto de chegada.
Sete aspectos fundamentais na vida dos líderes que os fazem se destacar:
Caráter, Relações, Conhecimento, Intuição, Experiência, Êxitos passados e Capacidade.

· Só líderes seguros delegam poder aos outros:
Existem líderes que tem o hábito horrível de se livrar dos líderes fortes. O melhor líder é aquele que tem percepção suficiente para escolher homens competentes que façam o que ele quer que se faça, e autodomínio suficiente para não se intrometer no trabalho deles. O modelo de liderança de delegação do poder, no qual todas as pessoas recebem funções de liderança, se opõe ao poder da posição. A capacidade que as pessoas tem de realizar é determinada pela capacidade que tem o seu líder de delegar poder. O líder sabe exaltar os pontos positivos de seus liderados, bem como identificar os pontos críticos e lidar com eles, advertindo, aconselhando e discutindo as soluções.
· Credibilidade: A intuição aponta caminhos que não são tão óbvios nem tão facilmente explicáveis. Experiência não garante credibilidade, mas encoraja as pessoas a lhe dar uma chance de provar que você é capaz. A atuação das duas é ponto forte para a credibilidade do líder.

10 - REQUISITOS PARA SER UM BOM LÍDER:
Tanto os que já são líderes como os que esperam ser, devem estar conscientes dos seguintes requisitos:

Características da liderança evangélica
· Capacidade de liderança é um dom de DEUS.
· Essa capacidade dever ser desenvolvida pela educação, instrução e treinamento.
· No reino de DEUS a liderança dever ser exercida por aqueles que demonstram desejo de servir e não de "aparecer'. O evangelho em si é um serviço de DEUS aos homens e destes aos seus semelhantes. Examine-se e veja se o seu desejo é motivado pelo desejo de servir ou, de ser reconhecido.
· Facilidade de expressão e conhecimentos gramaticais ajudam o líder na tarefa de "comunicar". Quanto melhor fora a vida devocional do líder, melhor será a sua liderança.
· Todo líder deve conhecer "regras parlamentares". Isso o ajudará na direção de reuniões ou assembleias de caráter administrativo.
· Ao líder não pode faltar o conhecimento básico de "boas maneiras"; isso o ajudará no seu intercâmbio social.
· Conhecimento específico e profundo do que diz respeito ao seu campo de ação e generalizado, em outros assuntos, são necessários ao bom líder.
· Firmeza, humildade e amor, precisam estar juntos, sempre, na ação do líder evangélico. Pontualidade nos compromissos e horários, deve ser uma característica marcante do líder cristão.

· Não se pode exercer uma boa liderança sem conhecimento profundo da vida e dos problemas dos liderados.
· Para ocupar um posto de liderança é preciso conhecer bem a história, princípios, leis, estatutos, regimento e tudo mais que diga respeito à organização onde será exercida a liderança.
· Conhecer bem as Escrituras e as Doutrinas que caracterizam o grupo, igreja ou denominação, são essenciais a uma liderança capaz e eficiente.
· Acerto na escolha de auxiliares dará tranquilidade ao líder.
· Administração em grupo (diretoria) com distribuição de tarefas, deverá manter a unidade na pluralidade de ação.

O líder evangélico ao ter que tomar uma decisão deve observar o seguinte:

Princípios de liderança evangélica
· Nada se faz sem consultar a DEUS. Um razoável período de oração deve preceder cada decisão.
· Nada se faz que não seja do interesse ou para o bem geral do grupo.
· Nada se faz sem a aceitação do grupo. A unanimidade nas decisões é o ideal. Mais de dez por cento do grupo contrário a qualquer decisão, deve fazer com que o assunto fique sobre a mesa para reestudo.
· Nada se faz sem consultar pessoas que já tiveram o mesmo problema ou pessoas mais experimentadas.
· Nada se faz sem ouvir opiniões contrárias, quando há. Nada se faz sem estudar as várias soluções oferecidas. Nada se faz sem estudar as vantagens e desvantagens.
· Nada se faz sem ter, pelo menos, três orçamentos (em se tratando de serviços entregues a terceiros).
· Nada se faz sem avaliar as possibilidades econômicas e financeiras.
· Nada se faz sem organizar um esquema de execução.

O homem de DEUS que quer colocar-se nas mão d'Ele para servi-lo deve ainda lembrar-se dos:
· Cinco pilares do serviço cristão
· DEUS quando chama tem um trabalho para lhe dar. No reino de DEUS não há banco de reserva.
· DEUS quando chama tem um local para você servi-Lo. Isso não significa que o seu trabalho não possa ser itinerante.
· DEUS quando chama, capacita o obreiro para o trabalho, ou dá o trabalho de acordo com a capacidade do obreiro.
· DEUS quando chama tem um salário razoável para o obreiro. ELE não pode ser um mau patrão.
· DEUS quando chama tem a solução pra todos os problemas que essa chamada porventura possa ocasionar.
Qualquer obreiro que esteja em dúvida quanto à sua posição, deve fazer-se as seguintes...
Perguntas elucidativas:
· Fui realmente chamado por DEUS para fazer o que estou fazendo, no lugar onde estou?
· O que faço, o faço da maneira como o Senhor deseja que isso seja feito?
· Estarei forçando uma situação?
· Posição social, remuneração, comodidades, interesses pessoais ou familiares estarão bloqueando uma decisão acertada?
· Estará na hora de pensar em mudança de campo ou de atividade?
Ser líder não deve ser tomado como uma honra e sim como uma oportunidade de servir a DEUS. Ao homem servir a DEUS, isso é uma HONRA, mas não se pode servir a DEUS sem servir aos homens. Antes de ser um líder entre os homens você precisa ser um humilde servo diante de DEUS.

Autoria: Glayse Moreira - Seminário Teólogo Moreira

Qualificações dos Líderes das Igrejas

AS QUALIFICAÇÕES DOS LÍDERES DAS IGREJAS

INTRODUÇÃO: Devem ser considerados merecedores de dobrada honra os presbíteros que presidem bem, com especialidade os que se afadigam na palavra e no ensino. (l Timóteo 5:17.)
Examinar os ensinamentos bíblicos relativos aos líderes da igreja, para ver:
1) as várias divisões da igreja primitiva,
2) as descrições dos homens qualificados para esses cargos na igreja,
3) os deveres desses homens.
Devemos lembrar que o Novo Testamento não registra nenhum prédio de igreja, tal como os conhecemos hoje. Não havia santuários e muito menos prédios destinados a aulas de religião. A igreja naqueles dias era constituída do grupo de crentes, e não do grupo de edifícios! Além de não ter prédios, eles não tinham Bíblia, a não ser em forma de rolos. Não tinham também hinários. Não havia pastores treinados, e certamente, não tinham diretores de mocidade, ou de corais, etc.
Podemos ver então, já que lhes faltava tanta coisa essencial, que deveriam ter algo em substituição a essas coisas. É neste ponto que se salienta a importância dos líderes da igreja. Esses homens, chamados e orientados por Deus, eram os instrumentos humanos que estavam por trás do sucesso da igreja primitiva. O nome deles é desconhecido para nós, mas as qualificações para poderem exercer seus cargos são conhecidas. Além disso, o registro de seu êxito faz parte de nossa história cristã primitiva.
Ao estudarmos os ensinamentos do Novo Testamento com relação aos vários cargos existentes na igreja, devemos também notar que todo o sistema é muito simples. Os líderes eram escolhidos para preencher certas funções. Os nomes usados para os principais da igreja são: diakonos — servo; presbíteros — ancião, e episkopos — bispo, supervisor ou superintendente .
Os nomes dos cargos da igreja primitiva não apresentam qualquer dificuldade, e seu significado é claro e simples. As dificuldades começam, quando os homens fazem alterações e a glória é então dada àquele que exerce o cargo e não a Cristo.

1 - OS CARGOS - (l Timóteo 3:1, 8; 5:1)

1.1 - DIÁCONOS - Encontramos o cargo de diácono citado pela primeira vez na Bíblia em Atos 6:1-6. Com o crescimento da igreja, os doze apóstolos estavam achando cada vez mais difícil executar as tarefas relativas a alimentação do grande número de crentes. Os doze, então, instruíram os membros da igreja para escolherem sete homens de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria. Esses homens escolhidos pelos membros foram então "eleitos". O seu trabalho não era ensinar mas servir, sendo servos da igreja.

1.2 - PRESBÍTEROS - Assim como os diáconos estavam ligados aos negócios rotineiros da igreja, os presbíteros, também chamados anciãos, eram responsáveis pelo lado espiritual. O seu trabalho principal era triplo: conduzir a adoração e o culto da igreja, ensinar através das Escrituras, e disciplinar os membros da congregação. Como o nome indica, deveriam ser homens de certa idade. Sua igreja exercita disciplina? Os presbíteros velam pela alma do povo de Deus? (Veja Hebreus 13:17.)

1.3 – BISPOS O cargo de bispo é o menos mencionado no Novo Testamento. Tem origem na palavra episkopos e é usado cerca de cinco vezes no Novo Testamento. Episkopos é traduzido como bispo quatro vezes e uma vez como supervisor. Em Tito 1:5, Paulo deu instruções a Tito para constituir presbíteros em cada cidade. Então, no versículo 7, referindo-se a esses homens, Paulo disse “Porque é indispensável que o bispo (episkopos) seja irrepreensível como despenseiro de Deus. A palavra bispo aqui é citada como sinônimo de presbítero. A ideia é que o presbítero ao exercer seu cargo está "superintendendo" o rebanho. Não há certamente nenhuma glória particular ligada à palavra bispo; ele não passava de um dos obreiros do Senhor.

2 - AS EXIGÊNCIAS (l Timóteo 3:2-4; 8-12) EM RELAÇÃO A DEUS
Quando examinamos o que a Bíblia tem a dizer sobre as qualificações dos bispos, presbíteros e diáconos, descobrimos uma ênfase fora do comum. Bem pouco se diz do trabalho que a pessoa tinha de fazer, mas fala-se muito sobre a espécie de homem que deveria ser. Não se dava ênfase à cultura, treinamento ou posição social, mas o que realmente importava era seu caráter moral. Tanto em I Timóteo 3:2 como Tito 1:6, o primeiro ponto salientado foi o de que o homem a ser nomeado presbítero ou bispo tinha de ser irrepreensível. Isto é também enfatizado em I Timóteo 3:10, com relação aos bispos.

2.1 - EM RELAÇÃO AO LAR
Uma coisa essencial mencionada com relação aos bispos, presbíteros e diáconos é a qualidade de sua vida doméstica. O teste para verificação da capacidade para o cargo era o caráter moral do homem, primeiramente diante de Deus e depois no lar. Aprendemos que todo bispo, presbítero ou diácono tinha de ser marido de uma só mulher. (Veja I Timóteo 3:1, 12; Tito1:6.)
Muito se diz também sobre os filhos. Tito 1:6 indica que os filhos de um presbítero deveriam ser crentes, que não são acusados de dissolução, nem são insubordinados. I Timóteo 3:4, 5 indica que o bispo deveria governar bem a sua casa, tendo os filhos sob controle e sendo por eles respeitado. O versículo 5 pergunta claramente: como o homem pode cuidar da igreja de Deus, se não consegue governar a própria casa? As mesmas qualificações foram exigidas dos diáconos no versículo 12.

2.2 - EM RELAÇÃO AO PRÓXIMO
Ë interessante observar o relacionamento que o bispo, presbítero ou diácono tinha de manter com o seu próximo. O líder da igreja deveria ser temperante, sóbrio, modesto, hospitaleiro, apto para ensinar, amigo do bem. Paulo achou necessário dizer também que não deveria ser dado ao vinho, nem avarento, nem amigo de contendas . O fato do Espírito Santo ter dado essas advertências é uma indicação de que homens a quem faltam as qualificações adequadas são frequentemente escolhidos como líderes da igreja. Homens assim podem prejudicar seriamente a igreja de Deus.

3 - OS DEVERES - (l Timóteo 3:5-7, 13) ALIMENTAR O REBANHO
Atos 20:17-35 é uma parte importante da Bíblia relativa aos bispos e Presbíteros. Foi nessa passagem que Paulo descreveu aos presbíteros de Ëfeso os seus "deveres no cargo". No versículo 28 ele disse: Atendei... para pastoreardes a igreja de Deus. Ele continua dizendo que falsos mestres viriam e homens perversos surgiriam, mas uma igreja alimentada com a Palavra de Deus tem capacidade para suportar todos os ataques dessa espécie. O ensino é, sem dúvida, o segredo do sucesso de uma igreja realmente espiritual. Quando os presbíteros ou outros líderes conseguem exercer um ministério de ensino eficaz, o povo de Deus se mantém firme sobre a rocha. Isto abrange também o trabalho do pastor, o escolhido para alimentar o rebanho.

3.1 -VIGIAR OS OBREIROS
Em Atos 20:30, 31, Paulo adverte seriamente os presbíteros para que vigiem os obreiros. Disse a eles que se levantariam homens na igreja que ensinariam coisas pervertidas para arrastar os discípulos atrás deles. Este perigo não vem de fora, mas de dentro. Em I Timóteo 3:2 encontramos a mesma ideia: "vigilância". A Palavra de Deus diz que os presbíteros devem ser "vigilantes espirituais" — observando constantemente qualquer possibilidade de pecado e perigo. Note que a Palavra de Deus ordena que os presbíteros ajam — e não só falem sobre o que deveriam fazer. As Escrituras dizem: resisti ao diabo, e ele fugirá de vós (Tiago 4:7). O diabo prospera na tolerância!

3.2 - SOCORRER OS NECESSITADOS
Falando aos presbíteros em Atos 20:35, Paulo disse: Tenho-vos mostrado em tudo que, trabalhando assim, é mister socorrer aos necessitados. Essas foram as instruções finais aos presbíteros da igreja de Éfeso. Através da carta aos efésios podemos ter uma ideia da maturidade da fé cristã daquela igreja. Ë interessante compreender que parte dessa fé amadurecida é resultado do cuidado e auxílio prestados aos necessitados de entre os membros da igreja. A necessidade referida é essencialmente espiritual. As pessoas espiritualmente fracas são um perigo latente. Estão sempre arriscadas a apanhar qualquer doença espiritual.

DISCUSSÃO ADICIONAL
• Hebreus 13:17 ordena aos membros da igreja: Obedecei aos vossos guias, e sede submissos para com eles.
Perguntamos: Você acha que isto ainda se aplica ao dia de hoje?

• I Pedro 5:2 diz aos presbíteros: Pastoreai o rebanho... espontaneamente, não por obrigação ou ganho, mas com entusiasmo e alegria.
Perguntamos: Por que você acha que isto foi escrito?

3.3 - ESTEVÃO, O MÁRTIR
O primeiro diácono escolhido foi Estêvão (veja Atos 6:5), e ele se tornou o primeiro mártir da igreja cristã. Note o elogio a Estêvão em Atos 6:5: homem cheio de fé e do Espírito Santo. Veja o que Atos 6:8 diz dele : Estêvão, cheio de graça e poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo. Tão poderosa era a sua personalidade e inteligência que não podiam sobrepor-se à sabedoria e ao Espírito com que ele falava (Atos 6:10).
Apesar disso, Estêvão foi acusado de blasfêmia, preso sob falsas acusações e levado perante o tribunal. Atos 7 contém o registro do surpreendente sermão feito por ele. Note que praticamente todos os sessenta versículos deste capítulo são dedicados à defesa de Estêvão. Podemos reconhecer a importância desse sermão ao compreendermos que é o mais longo registrado no Novo Testamento, com exceção dos feitos por Cristo.
Quando nos lembramos de que Estêvão não era apóstolo, nem bispo, nem presbítero, mas foi escolhido para ser um simples diácono, para servir às mesas (Atos 6:2), ficamos maravilhados com a graça, sabedoria e coragem deste jovem. Isto nos mostra o que Deus pode fazer através de um jovem suficientemente humilde para servir às mesas, bastante sábio para conhecer a Palavra de Deus e com suficiente coragem para dar testemunho do Salvador a Quem ama.
Autoria: Glayse Moreira - Seminário Teólogo Moreira